Estamos bem, todos bem…
A vida é bem engraçada, quando tudo está indo muito bem e obrigada, vem algo e muda todo o rumo da história.
Agora que passou esse turbilhão, estou por aqui, sacudindo a poeira e dando uma renovada nos assuntos do Manga com Papinha.
Vamos falar sobre filhos?
Nesse período o gordinho deu um pequeno susto em nós.
Vou explicar o que aconteceu, já que muitas mães passam por esse mesmo problema e dá um desespero danado, já que ninguém gosta de ver um filho sofrendo.
Desde as primeiras semanas de vida do Otto, ele apresentou o famoso refluxo.
Apesar do meu pavor, ele sempre se desenvolveu bem e ganhava 1 quilo por mês por causa da livre demanda.
Porque do pavor?
Gente, eu sofro de refluxo por causa de uma gastrite e doe bastante…
Imagina um bebê pequeno passando por isso?
Até que a médica que passou a atendê-lo explicou direitinho o que estava acontecendo e nos tranquilizou bastante.
Quando um bebê nasce, o corpo não está 100% pronto como deveria estar, alguns orgãos ainda estão amadurecendo e o aparelho digestivo é um deles.
O refluxo acontece porque a válvula (o esfíncter do esôfago) fica mais tempo relaxada, ou as vezes nem fecha, facilitando o retorno do leite que foi ingerido em uma mamada.
Meu filho não chegava a jogar todo o leite para fora, ás vezes, voltava uma quantidade considerável.
Para evitar esses episódios de refluxo, eu dava mama com ele sentadinho e depois, deixava meu bebê em pé no colo por 30 minutos, batendo levemente nas suas costas para arrotar.
Assim eliminando o ar ingerido e evitando o mal-estar.
Outro cuidado é trocar as fraldas antes das mamadas ou uma hora depois, já que movimentar o bebê com a barriga cheia, pode causar refluxo.
Também inclinamos a cabeceira do berço, elevando uma parte do colchão entre 30° e 45°.
Quando ele completou 3 meses, os refluxos sumiram (as vezes sai um nada de leite), mesmo assim, mantivemos todos os cuidados citados acima.
Agora vamos a história de terror… do refluxo!
Umas semanas antes do Otto completar 5 meses, ele acordou sorrindo, mamou um pouco e arrotou.
Coloquei na cadeira de descanso, ele começou a reclamar e a vomitar.
Sim, era vomito, daqueles que você faz força quando está passando mal.
Tirei ele da cadeira, virei de lado e continuou vomitando. Chegou a ficar bem molinho nos meus braços como fosse desmaiar.
Quando o mal estar passou, depois de 5 minutos voltou a passar mal novamente e depois ficou normal.
Fui ao pronto atendimento e ele estava bem, não desidratou, estava alerta e sorridente.
O médico pediu para retornar caso ele volte a ter essa crise, para eles avaliarem, que poderia ser uma simples virose ou algo mais sério.
Bem, passou alguns dias e o Otto estava normal, até que um dia o meu marido foi fazer alguns trabalhos e eu fiquei sozinha com meu bebê.
Novamente, depois de acordar, ele começou a vomitar muito, ficando super molinho no meu colo.
Liguei para o Papai Vip e corremos para Pronto de Atendimento, lá na sala de espera ele vomitou mais 3 vezes, quando foi atendido já estava bem.
Ficamos 12 horas em observação, ele chegou a vomitar mais uma vez e teve uma hora que chorou de dor.
Ele foi medicado e acabou dormindo.
O restante da internação, ele ficava brincando e conversando com todo mundo, era a sensação da sala de observação.
Saímos de hospital sem resposta e já que o Otto tinha consulta no outro dia com a médica dele, então estava mais tranquila.
No dia da consulta, ela pediu para observamos mais uma semana, antes de passar o pequeno para mais exames com gastro.
Até que fui conversar com a minha amiga Paty – a tia nutricionista do pequeno, e fazendo mil perguntas, por incrível que pareça ela descobriu o que estava acontecendo.
Um dos marcos de crescimento é o bebê se movimentar para os lados e rolar.
Quando o Otto completou 4 meses de vida, ele começou a fazer essas proezas e com o tempo, ele virava para os lados dormindo.
Ele acabou acostumando a dormir virado para o lado direito e o que acontece: o ácidos estomacais acabavam fluindo para o esôfago e irritando tudo pela frente.
Por isso que ele acordava vomitando, com direito a muito choro e o corpo ficar molinho de dor e cansaço.
Passamos a acordar mais durante a noite para virá-lo no berço, de barriga para cima e esses episódios de vômitos sumiram completamente.
Acabei informando a minha médica sobre essa nova postura e ela acabou descartando outras hipóteses de doenças.
Então fica a dica para mamães que sofreram com refluxo, afinal isso também pode acontecer com vocês.
De todo o coração, espero que não aconteça com ninguém 🙁
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