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Os Nove Meses do bebê e a Solidão Materna

Os Nove Meses do bebê e a Solidão Materna

Não estava nos meus planos deixar esse cantinho tanto tempo sem postagem, mas eu tenho uma ótima desculpa, criar o pequeno demanda muito tempo do meu dia.

O Otto começou a engatinhar meio capenga no final dos 8 meses, mesmo assim, era um caos que eu conseguia administrar.

Só que passou uma semana e ninguém mais conseguiu segurar esse bebê!

Posso confessar?

A sua casa nunca estará preparada!

Eu e o meu marido tiramos tudo do meio do caminho, subimos fios, tampamos tomadas e guardamos tudo o que é perigoso em armários.

Mas o meu bebê consegue atrair me mostrar mais perigo.

Eu já joguei tudo para cima e entreguei nas mãos dos Anjos da Guarda, não posso simplesmente deixar um cômodo vazio para ele viver na paz.

Claro, sempre observando e correndo atrás do meu pequeno.

Falando em correr, academia para quê?

É um tal corre-corre para lá, corre-corre para cá, tira o guri dali, coloca o guri aqui…

Gente do céu, vou te contar, viu?!

Chega o fim do dia e estou apenas o pó, querendo só tomar um banho, cair na cama e babar muito no meu travesseiro.

Mas calma aí!

Tem brinquedos para guardar, já que ninguém está querendo quebrar o pé de madrugada para tomar uma água na cozinha ou fazer xixi.

Para ajudar, ele começou a ficar em pé sozinho e a ensaiar os primeiros passos.

Claro, não posso esquecer que também começou a puxar as coisas, independente em qual altura está… ele sempre faz uma forcinha para alcançar!

 

 

E a tal solidão materna que surgiu nos nove meses do bebê?

Por incrível que pareça, quando trouxe meu pacotinho para casa, passei por outros problemas e stress, mas nunca tinha me sentido completamente só.

Não posso negar, tinha momentos que me sentia sozinha sim.

Principalmente quando alguém não compreendia a minha dor de amamentar ou de não dormir direito.

Mas não chega aos pés ao que acontece hoje em dia.

E percebi que a tal solidão materna não tinha me visitado ainda. 

Antes conseguia tomar banho, comer uma boa refeição e fazer várias receitas para o Manga com Pimenta.

Enfim, o marido começou um novo emprego e quando está fora, lido sozinha com tudo…

Gente do céu, um momento para pirar com tanto caos e a tal da solidão entrando na minha vida sem pedir licença.

Por mais que tenha o Otto aqui brincando e a Memê do meu lado dormindo, me sinto totalmente sozinha.

A solidão materna é quando você deixa de viver a sua vida para viver a do bebê.

Sabe aquela saudade de tomar um café no shopping e folhear um livro em uma livraria?

Não posso mais fazer, sem ter um bebê inquieto querendo ir para o chão para engatinhar.

Sonho com o dia em voltar a fazer as minhas caminhadas, mas quem fica com o bebê?

Parei de existir como pessoa para ser apenas mãe do Otto.

Quando tento desabafar, muita gente me olha com aquela cara “mas você sempre quis ser mãe e não sabia disso”.

Sempre faço aquela cara “fogos saindo pelo olhos”, só que não funciona, a pessoa continua me olhando com aquela cara “vi um ET”.

Se tu não é mãe, apenas escute!

Não precisamos dos julgamentos ou opiniões, só precisamos desabafar.

Agora se você quiser brincar com o bebê, trocar fralda, dar papa e banho: fique a vontade!

Assim aproveitamos para comer um prato quente de comida e tomar um banho bem demorado.

 

 

 

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